sexta-feira, 17 de abril de 2009

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS



Com o filme “Uma Verdade Inconveniente”, Al Gore prémio Nobel da Paz em 2007, tentou despertar a atenção do Mundo para o problema gravíssimo que nos afecta já a todos e num futuro bem próximo poderá ter resultados catastróficos, se não forem tomadas a tempo as medidas, urgentes e necessárias, para travar o perigo que ameaça toda a Humanidade.
O sobreaquecimento global, provocado pelo efeito de estufa devido ao excesso de gases poluentes enviados para a atmosfera e o abate sistemático de árvores, são a principal causa das alterações climáticas que podem levar ao degelo dos glaciares, elevando o nível dos oceanos e provocando inundações desastrosas, para milhões e milhões de pessoas.
No filme é apresentado um gráfico que nos mostra a subida de temperatura global nos últimos 150 anos. A subida brutal que ocorreu nos últimos 20 anos deu-nos uma visão absolutamente assustadora dos perigos que espreitam a Humanidade, e não podemos dizer que este é um assunto da competência dos “senhores” que governam o Mundo. Ele diz respeito a todos nós porque é neste Planeta que nós habitamos e já começámos a sentir na pele as consequências das alterações climáticas. Cada vez há mais vagas de calor, incêndios e secas logo seguidas de tempestades e inundações.
O maior paradoxo é que sendo os EUA responsáveis pela emissão de um quarto do total mundial de gases indutores do efeito de estufa e sofrendo este País as naturais consequências disso com: tufões, furacões e inundações ou vagas de calor intenso em que perdem a vida milhares de pessoas, não ter assinado o Tratado de Quioto e ser um cidadão ex-político norte-americano, a lançar este alerta mundial.
No meio de tudo isto há uma boa notícia. Os países do G8 decidiram reduzir em 50% as emissões de CO2, até 2050.
Tal como Al Gore comentou, no filme, se foi possível minimizar o problema do buraco na camada do ozono vamos ter esperança que, com a cooperação à escala mundial, consigamos reverter a situação do aquecimento global.

domingo, 5 de abril de 2009

Igualdade de Direitos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é uma Carta de princípios, que foi aprovada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas a 10 de Dezembro de 1948.
A Declaração surgiu como um alerta à consciência humana, depois de todas as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial. Nela, são enunciados os direitos fundamentais civis, sociais e políticos de que devem usufruir todos os seres humanos, sem discriminação de sexo, nacionalidade, etnia, crença religiosa, condição social e ideologia política. Em suma, Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Todos os artigos são igualmente importantes, mas tendo em conta o que se passa no nosso país, vou destacar o 23º e o 26º.
A 2ª alínea do Artigo 23º diz: “Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual”. Mas, todos sabemos que, salvo raras excepções, no mercado de trabalho, seja em que sector for, a mulher é ainda discriminada em relação ao homem, auferindo salário inferior por trabalho igual.
O artigo 26º diz: “ Toda a pessoa tem direito à educação.” Mas educar não é apenas instruir. Ser educado é saber, em qualquer altura ou circunstância, onde estão os limites da liberdade de cada um. Em Portugal a instrução tem vindo a progredir, mas no que se refere à Educação estamos muito mal e com tendência a piorar. A violência e a anarquia, já chegaram às nossas escolas e os professores sentem-se impotentes para repor a ordem e a disciplina. Por outro lado, há jovens de famílias humildes com real vontade de aprender e estudar mas, terminada a escolaridade obrigatória, têm de ir trabalhar para ajudar no orçamento familiar.
Apesar de algumas melhorias neste sentido, agora, como antigamente, o direito à educação cabe a quem pode e não a quem merece.
Na minha opinião, não basta proclamar princípios há, também, que aplicá-los. A ganância, sede de poder e a luta de interesses económicos, são os principais motivos porque muitos dos países que assinaram a Declaração Universal, ainda não respeitem alguns desses princípios.
Ainda não há muito tempo, na guerra no Afeganistão e mais recentemente no Iraque, os media não se cansaram de mostrar ao mundo, fotos de prisioneiros em condições degradantes, sendo vítimas de humilhações, torturas e atentados contra a sua dignidade e religião. Crimes perpetrados por militares de uma das maiores potências mundiais, proclamadora da defesa dos Direitos Humanos.
Também, em alguns países da Europa como a França e Alemanha, os fortes preconceitos raciais e homofóbicos, levam a que sejam violados os direitos à diferença de etnia e opção sexual.
Os neonazistas vieram para ficar e não vislumbro forma do mundo caminhar para melhor.
A não ser que toda a Humanidade conseguisse pôr em prática a antiga “Regra de Ouro”: “Não faças aos outros aquilo que não gostarias que te fizessem a ti”.

Uma visita à Lipor 1

A Lipor é um Serviço Intermunicipalizado de gestão de resíduos do Porto e responsável pela recuperação e destino final dos resíduos sólidos urbanos produzidos pelos oito Municípios que a integram.
Ao chegar fomos recebidos, de forma muito simpática, pelo Dr. Nuno Barros que nos conduziu a um pequeno auditório e nos explicou como é processado o tratamento dos resíduos e aonde foi exibido um filme dando conta da utilidade e vantagens da separação dos mesmos.
De seguida, vestimos um colete verde fluorescente e fomos ver as instalações.
Passámos pelo centro de triagem onde são separados os resíduos que são recolhidos dos Ecopontos e passam em dois tapetes rolantes.
Das embalagens plásticas são separadas as garrafas verdes das brancas e as metálicas que não foram atraídas pelo íman, como acontece com as latas. Depois de prensadas e enfardadas são encaminhadas para as empresas de reciclagem. Estes resíduos são retirados do contentor amarelo.
Com uma tonelada de plástico reciclado pode poupar-se 130Kg de petróleo.
O mesmo acontece ao papel e ao cartão, retirados do contentor azul. A máquina de enfardar está equipada com um computador que selecciona automaticamente a pressão a exercer sobre cada tipo de resíduo. Dos vidros recolhidos do contentor verde são separadas as tampas metálicas.
Os resíduos orgânicos, ao chegar à Lipor, são depositados numa fossa com capacidade para seis dias. Esta fossa fica no interior de um edifício equipado com um sistema que evita a propagação de odores. Estes resíduos passam depois por todo um processo de tratamento e são transformados em energia eléctrica.
Os resíduos indiferenciados, recolhidos porta a porta vão para a Lipor 2 para ser incinerados e as cinzas e escórias, provenientes da incineração, são depositados no aterro sanitário. As cinzas são misturadas com cimento e ficam em forma de blocos, para evitar a propagação de matéria poluente na atmosfera.