sexta-feira, 7 de maio de 2010

Despedida.




Despedida


Estou cansada, sem rosto, sem o querer
Estou cansada pela sombra do abismo
Estou morta, sem sangue para viver
Estou cheia de palavras vãs, de cinismo.

Credo nos lábios da alma moribunda
Com a eterna circular da pena
Existo, plena de uma crença profunda
Persisto no calor de uma sombra serena.

Estou cansada de querer o que não quero
Estou cansada de querer o que não tenho
Estou morta por realizar o que espero
Estou cansada de abortar o que me empenho

Credo nos lábios vazios do coração
Não creio crer, querendo a saudade
Existo, na existência da minha solidão
Onde a maldade é a mais pura bondade

Estou cansada desta trova perdida
Estou cansada de palavras vazias
Estou morta, no chegar da despedida
Estou cansada destas luzes sombrias.

14 comentários:

  1. Querida Amiga Janita,
    O poema é lindo mas muito triste e revelando grande angustia no viver. Calculo que seja jóvem e se é esse o seu estado de espírito fico cheio de pena. A Juventude deve ser Alegre e ter Esperança! Eu fui assim e ainda faço por ser apesar dos meus 76 aninhos...
    Alegre-se tenha Animo!
    Beijinhos solidários,
    Luís

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  2. Minha querida amiga, o cansaço por vezes também nos ajuda a crescer e a ver a ingratidão das pessoa, pessoas que se dizem de boas, mas que por dentro tem sempre veneno para destilar sobre os outros.
    Não ligue e siga em frente porque o desprezo é sem dúvida a melhor arma, sem matar nem ferir, apenas ignore.
    Beijinhos de luz e paz em seu coração

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  3. Olá amiga Janita,
    Eu só espero que não tenha interpretado mal o que eu escrevi, e você é uma das ultimas pessoas que eu queria magoar,ando nisto à pouco mais de um ano, e quero continuar a andar, sem magoar ninguém. Você foi das poucos pessoas, que viu que aquele texto da Franciete e meu, que era da gente os dois,se for lá e ler os comentários,verá que é assim como digo.Se eu não me soube explicar bem peço desculpa.
    Eu estou separando alguns comentários para mais tarde junto com alguns poemas meus publicar um livro, e os seus estão todos lá.
    Já passei aqui varias vezes e só hoje tive a coragem de comentar, para lhe dizer que lamento muito a sua despedida,e também lhe dizer, que jamais a irei esquecer.

    deixo um abraço
    do tamanho de Portugal,
    José.

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  4. Olá amiga, despedida? não amiga continue conosco que gostamos de a ler por aqui. Quando estiver com mais ânimo faça uns versinhos , mas não tão tristes como estes. Eu sei... a tristeza não desaparece só porque se quer, mas temos que a combater. Eu sei amiga do que estou a falar e ás vezes não é nada fácil... Nada de se entregar sem luta. Beijo com muito carinho

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  5. Amiga, estou passando para te dizer que a perco logo depois de a ter ganho, mas ficando triste, irei sempre aqui passar enquanto me o permitir.
    Beijinhos de luz paz e amor em seu coração.

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  6. Ofereço-lhe uma rosa branca
    Mais não tenho p'ra lhe dar
    Se em meus sonhos de criança
    Tivesse uma Joanita branca
    Eu só ficava a ganhar

    Não venho com despedidas
    Venho sim para a visitar
    Nunca gostei de partidas
    Elas deixam a alma ferida
    E querem conosco acabar

    Peço-lhe então por favor
    Não me fale de partida
    Pois enquanto houver amor
    Eu vou-lhe dar com fervor
    A minha palavra amiga.

    Beijos com muito carinho

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  7. Olá minha querida, o meu sincero agradecimento por o comentário que me deixou, tanto no meu blog. como no do amigo José.
    Venho dizer que já a tenho nos meus contactos, é natural que daqui em diante vá recebendo emails meus, pois terei cuidado em mandar só dos bons aqueles que nos trazem alegria e algo em que possamos aprender alguma coisa.
    Beijinhos de luz e paz e um lindo fim de semana.

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  8. Minha linda amiga, venho deixar o meu sincero agradecimento e o meu abraço carinhoso, beijinhos de luz e paz

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  9. Olá querida Janita, obrigada pelo poema que me deste. É lindo amiga. Fiquei sem palavras. Não é fácil por vezes levar a vida prá frente, mas a experiência de vida diz-me que temos que lutar, sendo assim porque não caminharmos juntas num todo. Palavra amiga de um lado um acenar do outro, um beijo, um abraço e vamos assim andando prá frente. Obrigada querida fiquei feliz por gostares. Beijos com muito carinho

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  10. Janita

    A encontrei em "Roseira Brava"
    (o nome pode não estar muito correcto, estou há pouco no googl, mas ela me escreve).

    Desculpe, mas li seu comments e me
    impressionou quando diz (e muitas coisas diz)
    "Como pode ser imprevisivel o mundo dos afectos, virtuais ou não"

    Abusa-se da palavra Amizade e eu concordo com Janita.

    E por mim, digo:

    Não sei se ela existe, ou é apenas um conjunto de interesses
    materiais.

    Mas é o Presente
    talvez o Passado
    Nunca o Futuro!

    Pertence-nos,
    mas nos desilude
    e foge,
    quando precisamos dela.

    E falamos de amizade
    ou Liberdade,
    sentimentos
    impossíveis de entender.

    Talvez não existam...
    Tal como aparecem
    em sonhos imperfeitos.

    Difíceis de contar.

    Este é o meu comments ao que li em
    Rosa ou roseira (de quem sou amiga)
    Mas vou voltar, para ler este seu poema e depois, talvez peça para me acompanhar e eu a si, neste mundo virtual.

    Até já.

    Maria Luísa

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  11. Janita

    "Despedida"

    É um poema exausto e dolorido,
    triste e desesperado.

    Simboliza o que sente
    cansaço,
    morte,
    desilusão,
    interesse pelo que não tem,
    falta de esperança no que tem.

    Cansada de palavras vazias
    e silêncios ocultos,
    feitos de maldade.

    E sente, os corações vazios de afecto e de bondade.

    É o seu sentir,
    traduzido em pleno
    ao mundo virtual.

    O poema é muito bom, deseperado, desiludido - mas é bom!

    E a poesia é assim mesmo,
    um estado de alma momentâneo
    a passar, no instante seguinte.

    Escrevo poemas no:

    http://os7degraus.blogspot.com

    Gostava de a encontrar nesse recanto. Gosto do que escreve e dessa sensibilidade!

    Com carinho,

    Maria Luísa

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  12. lindo e profundo, notavel forma de se despir dos espinhos da vida e da alma, sim despir se do que cansa, pois já não credes e não crendo cês que ainda pode havcer algo, assim será?
    sei que vou acompanhar te para ver até onde vai o teu misterio. saudações.

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  13. Janita

    Sei que está cansada!
    Eu também me sinto cansada.

    Lhe peço, se possível, leia minha resposta ao seu comentário (muito bem analisado) no meu blogs ao poema "Fala-me".
    Gostava que o lesse. Dá a panorâmica do que é escrever poesia
    neste tempo, todo voltado para um
    único lado e nesse tal lado,
    "A Poesia não tem lugar"!

    Maria Luísa

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  14. Venho pela tardinha, deixar o meu carinho, deixar mais uma prece de amizade e dizer que jamais nos esqueceremos.

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