sábado, 1 de maio de 2010

MÃES...



Mãe

Mãe:
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?

Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.

Chamo aos gritos por ti — não me respondes.
Beijo-te as mãos e o rosto — sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.

Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!


Poema de Miguel Torga que dedico a todas as Mães, especialmente àquelas que já partiram mas que estarão sempre presentes no nosso coração e na nossa memória.

4 comentários:

  1. Puedes estar segura amiga Janita, que ni la muerte separa a nuestras madres de nosotros. Siempre lo he creido así. Hoy he pasado a desearte un Feliz Día de la Madre. Que lo pases muy muy muy feliz en compañía de todos aquellos que amas y te aman. Un gran abrazo amiga mía.

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  2. Olá amiga Janita!
    Passei para lhe desejar um feliz dia da mãe, eu não é só neste dia que recordo a minha,ela está comigo todos os dias, e só vai deixar de estar quando eu morrer também.
    O resto de um bom dia.

    Um beijinho grande,
    José.

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  3. Gracias por no te olvidares amigo Juan Francisco.
    Ayer he pasado un dia feliz sí,pero no con todos que amo. Mi hijo Luís vive lejos y no puede estar, todavía hablamos por telefono y me besó mucho...
    Un fuerte abrazo amigo mío y gracias una vez más.

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  4. Querido amigo José.
    Muito obrigada pela sua atenção.
    Neste dia há sempre uma mistura de alegria e tristeza, mas temos que
    desfrutar da companhia daqueles que ainda temos junto de nós e sentirmo-nos felizes com isso.
    Um beijinho grande meu amigo.

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